A Educação Inclusiva tem como objetivo garantir o direito à educação para todas as pessoas, independentemente de suas características, deficiências ou necessidades, sendo que todos devem ser tratados como iguais.
A família estabelece uma importante relação com o espaço educacional, tendo em vista que essa corresponde à primeira instituição social que a criança faz parte, bem como por também constituir um contexto propício para o indivíduo desenvolver suas habilidades e competências, tanto as consideradas como individuais, quanto aquelas tidas como coletivas, em que utiliza em sociedade.
Quanto trata-se de Educação Inclusiva, o papel desta instituição se reforça para concretização do processo de ensino e aprendizagem das crianças que apresentem alguma necessidade educacional especial, devido à sua importância no processo inclusivo do aluno com deficiência no ensino regular.
O primeiro contato que a pessoa estabelece com o outro é por meio de seu contexto familiar. Assim sendo, a família é o mais importante agente para promover a socialização, participante do processo educacional, garantindo parcela significativa da formação da pessoa, possibilitando o desenvolvimento nos mais variados aspectos e ao atuar em conjunto com o espaço escolar, permite que a criança assimile melhor tudo que ali for abordado.
A criança não possui discernimento, bem como o senso crítico em avaliar se algo é bom ou ruim para a mesma, razão pela qual é dever da família e da escola promover o desenvolvimento da sua consciência moral e crítica, permitindo que no instante em que essa criança tenha que decidir sobre algo esteja certa do rumo a tomar, assim, ao se considerar as crianças com deficiência, deve ser garantido que ela possa desenvolver autonomia e possam se sentir valorizadas, pois necessitam de informações e orientações constantes, além de haver casos em que há participação em grupos de apoio.
Sendo assim, a família deve estabelecer relações de proximidade e complementares com a escola, para que haja contribuição positiva no processo ensino e aprendizagem, uma vez que essa instituição tem como função social contribuir para a aquisição de diferentes status, relacionando-os aos aspectos de etnia, nacionalidade, religiosidade e outros, concretizando, portanto, uma forma de preparação e estruturação para sua vida nas próximas fases do desenvolvimento, proporcionando a realização dos traços de personalidade, criando cidadãos que ajam em conjunto com o poder público.
No contexto da Educação Inclusiva, essa relação família-escola contribui para uma melhoria no atendimento das necessidades da escola, aprimorando competência e estimulando a autonomia das crianças com deficiência, permitindo que sejam vencidos vários obstáculos e concretizando o processo de ensino e aprendizagem, uma vez que a família quem conhece pode fornecer o histórico da criança e suas necessidades para o educador por meio de uma entrevista, permitindo criar mecanismos para auxiliar no processo de ensino e aprendizagem das crianças. E então, o educador pode buscar a orientação dos profissionais de áreas ligadas à fonoaudiologia, fisioterapia, psicologia, medicina e outras que atendam às necessidades desses educandos.
A família, por sua vez, fica empoderada e se mantém informada em relação à deficiência e com relação aos seus direitos e responsabilidades, podendo colaborar com informações e ideias, participar de decisões, contribuindo, portanto, para a mudança de hábitos e aprimoramento de técnicas para efetivar o processo de ensino e aprendizagem, fundamentalmente no contexto escolar inclusivo dos alunos com deficiência, diante de suas várias características e necessidade de inclusão escolar como um direito fundamental desses educandos.
Fonte:
https://jus.com.br/artigos/84471
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2 comentários em “Qual o verdadeiro papel da Família no processo de Educação Inclusiva?”