A consciência fonêmica é importante, pois, é uma habilidade fundamental no processo de alfabetização e assim, auxilia na capacidade de perceber, pensar e manipular os sons das palavras (fonemas), e o seu desempenho influencia na inteligência e vocabulário amplo.

O nosso sistema alfabético é composto por representações escritas da linguagem no nível do fonema e é somente com a aprendizagem da leitura que se constitui a noção de que a fala é uma combinação de pequenos sons.

As crianças adquirem consciência fonêmica quando reconhecem palavras que começam com o mesmo som, quando conseguem identificar o primeiro ou o último som de uma palavra, quando combinam os sons separados da palavra para soletrá-la e quando são capazes de segmentar uma palavra em sons separados, aprendendo a relação entre um fonema (som) e um grafema (as letras que representam o som) na linguagem escrita. O que ajuda também a identificar palavras que rimam, o número de sílabas em um nome, segmentar uma frase em palavras e identificar as sílabas em uma palavra.

A consciência fonêmica pode ser desenvolvida em atividades em sala de aula através de atividades simples, que mais parecem jogos e brincadeiras como: identificação e categorização de sons, combinação de sons para formar palavras, subtração/adição de fonemas para formar palavras novas e substituição de sons para formar novas palavras.

Desenvolver a consciência fonêmica das crianças na escola é mais efetivo quando os alunos aprendem a manipular os fonemas enquanto percebem os movimentos que fazem com a boca quando pronunciam os sons das palavras, por exemplo, ao ver uma sequência de palavras como bola, cola, mola e cachorro, sendo capaz de analisá-las e notar que elas possuem cada uma três sons elementares e só diferem pelo primeiro deles e perceber que a quarta tem um som que se distancia muito das demais. Sendo ainda capaz de substituir ou suprimir vogais das palavras com fonemas semelhantes para formas novas palavras, como gola.

Ao se falar em Consciência Fonêmica e Princípio Alfabético é preciso, antes de tudo, abordar a questão das unidades mínimas distintivas presentes na fala e na escrita, e que sem a sua articulação a comunicação entre as pessoas não apresentaria o caráter econômico e o grau de funcionalidade e complexidade que tem hoje. A criança enfrenta dificuldades ao aprender nosso sistema de escrita alfabética. Daí a importância de se desenvolver atividades metalinguísticas para ajudá-la a propor hipóteses e encontrar soluções para os problemas que aparecem, refletindo conscientemente sobre a  língua.

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